Category Archives: Literatura

Passatempo “Campo santo”, de W. G. Sebald

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O Doodles tem para oferecer, com a amável colaboração da editora Quetzal, cinco exemplares do livro “Campo santo”, de W. G. Sebald, à venda desde há poucos dias. Para receber um destes prémios, basta que Continue reading

“Campo santo”, de W. G. Sebald

capa w g sebald campo santo

Em 2012 a Quetzal deu início à tradução e publicação das obras de W. G. Sebald. Dois anos volvidos, surge “Campo santo”, a quinta publicação do autor pela editora. Esta antologia póstuma do escritor germânico, publicada originalmente em 2003, dois anos depois da sua morte, agora traduzida do alemão por Telma Costa, apresenta-se repartida em duas partes. Na primeira estão reunidos fragmentos de um livro que Sebald não chegou a terminar, acerca de uma viagem a Córsega. A segunda parte é constituída por uma diversidade de textos e críticas, alguns deles já publicados de modo disperso, à exceção de Continue reading

“Atlas do corpo e da imaginação”, de Gonçalo M. Tavares e Os Espacialistas

capa goncalo m tavares atlas do corpo e da imaginacao

Geralmente associamos o termo “atlas” à geografia, a mapas, cartas e gráficos. Vêm-nos depois à cabeça, decerto, os atlas do corpo humano e, muito provavelmente, atlas linguísticos e atlas zoológicos. Mas o vocábulo “atlas” designa também a primeira vértebra cervical, na anatomia humana, aquela que sustem o crânio, evocando assim o gigante homónimo da mitologia, o titã Atlas, condenado por Zeus a suster o céu sobre os ombros. Um dos maiores fascínios deste “Atlas do corpo e da imaginação – Teoria, fragmentos e imagens”, agora editado pela Caminho, reside no facto de permitir que nele se entre por onde se quiser (e dele, do mesmo modo, se saia – embora, diga-se, tal nunca mais venha, muito provavelmente, a acontecer…). Posto isto, avise-se o incauto leitor que se avizinham as Continue reading

“Linguagem e silêncio”, de George Steiner

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Poucos pensadores contemporâneos conhecem as intermitências da palavra como George Steiner. Depois das nove publicações do crítico contabilizadas até ao anterior “Sobre a dificuldade e outros ensaios”, a Gradiva apresenta-nos agora, numa tradução de Miguel Serras Pereira, “Linguagem e silêncio – Ensaios sobre a literatura, a linguagem e o inumano”, uma coletânea de textos ensaísticos e críticos que contempla algumas das temáticas que distinguem o percurso do autor. A sua lucidez permite-lhe encarar a linguagem como potencial agente do Continue reading

“Ilustrarte ’14” no Museu da Eletricidade, Lisboa

ilustrarte 14

O espaço convida a estar sentado, deitado, sapatos abandonados e livros abertos, rosto e mãos colados às 150 molduras-montras que exibem os trabalhos selecionados. Promete-se variedade, delicadeza e arrojo, universos e imaginários representativos de diferentes técnicas, das digitais à Continue reading

“Contos”, de Thomas Mann

capa thomas mann contos

Simplesmente intitulada “Contos”, esta antologia de Thomas Mann (1875 / 1955, nobelizado em 1929), impressiona quer pela heterogeneidade, quer pelas camadas complexas de referências, alongando-nos para outras Continue reading

“Béla Tarr – O tempo do depois”, de Jacques Rancière

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Em “Os intervalos do cinema” (Orfeu Negro, 2012), Jacques Rancière conduzia-nos através do pensamento que um filme pode conter. Mais do que isso: o filme era encarado como um objeto que pensa, desafiando o espetador e, no limite, o próprio autor que o pensara. Há, por isso, qualquer coisa de lógico na passagem para esta metódica análise da obra do húngaro Béla Tarr, cineasta de “O tango de satanás” (1994), “As harmonias de Werckmeister” (2000) e “O cavalo de Turim” (2011). De facto, ele surge como um criador instalado no Continue reading