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“A flor do equinócio”, “Bom dia” e “O fim do outono”, de Yasujirô Ozu

yasujiro ozu higanbana a flor do equinocio

Parafraseando um dos seus mais emblemáticos títulos, celebremos o facto de, um ano depois da primavera comercial tardia de “Viagem a Tóquio” (1953) e “O gosto do saké” (1962), Yasujirô Ozu estar de regresso aos cinemas portugueses com um ciclo no Espaço Nimas (com uma breve passagem, em agosto, pelo Theatro Circo, Braga, e, em setembro, também pelo portuense Teatro Municipal Campo Alegre), que, a partir de hoje, exibirá três das mais esplendorosas longas metragens da fase final da sua filmografia, agora em versões restauradas digitalmente. “A flor do equinócio” (1958), “Bom dia” (1959) e “O fim do outono” (1960) são três dos apenas seis filmes que Ozu dirigiu a cores. Talvez por esse motivo, as três obras que agora iluminam a sala do Nimas parecem sublinhar e consolidar as particularidades que distinguem a vasta carreira do realizador, não somente quanto às Continue reading

“Viagem a Tóquio” e “O gosto do saké”, de Yasujirô Ozu

yasujiro ozu o gosto do sake

Decididamente, a noção de reposição, com toda a sua carga clássica de sedução – ou de sedução clássica –, volta a estar ativa no panorama do mercado cinematográfico. Este ano, depois do regresso, em cópias digitais restauradas, de títulos como “Lawrence da Arábia” (David Lean, 1962) e “Taxi driver” (Martin Scorsese, 1976), chegou a vez de dois filmes de Yasujirô Ozu: “Viagem a Tóquio” (1953) e “O gosto do saké” (1962), este um dos poucos que rodou a cores e o derradeiro da sua filmografia. Mais do que nunca, a possibilidade de ver tais obras primas, não no brilho equívoco dos Continue reading