O Museu de Arte Contemporânea da Fundação Serralves recebe a partir de hoje, dia 13 de abril (abertura marcada para as 10 da noite, com entrada gratuita), e até 1 de julho, uma nova mostra de um dos mais importantes nomes das artes plásticas de vanguarda do Brasil. A obra de Artur Barrio, que já tinha passado com uma marcante retrospetiva pela instituição nortenha em 2000, tem-se distinguido pela ousadia com que desconstrói os tradicionais discursos da arte e pelo seu contributo para uma interrogação e redefinição constantes dos seus estatutos. Barrio questiona o lugar do espetador da obra de arte, jogando com os seus sentidos. As suas instalações e performances desafiam todos aqueles que as veem, em grande medida pelas suas vincadas marcas viscerais e conceptuais. O artista trabalha frequentemente com materiais perecíveis e orgânicos – como o pão, o peixe, o vinho ou a carne -, com o intuito de levar ao limite a experiência interpretativa do espetador (caso da peça “O livro-carne”). A sua obra faz-se da singularidade de um momento-situação-experiência de arte, e não do caráter monumental de um objeto. A sala central do Museu de Serralves será espaço de um projeto concebido especificamente para a presente exposição, que o artista, nascido no Porto em 1945, transformará ao longo dos próximos dois meses e meio. A par deste período, preparará também um livro com notas, apontamentos, fotografias e desenhos sobre o trabalho desta mostra em permanente reconstrução. A obra de Artur Barrio é, hoje, internacionalmente reconhecida, tendo recebido o Prémio Velázquez 2011, ano em que expôs igualmente na 54.ª Bienal de Veneza.
13 abril > 1 julho
exposição “ … navegações / divagações… por entre escolhos e baixios…”, de Artur Barrio
Museu de Arte Contemporânea da Fundação Serralves, Porto
