Monthly Archives: December 2011

Flur, dez anos


Abriu há dez anos, cumpridos ontem, a 4 de dezembro de 2001. É uma loja de discos com uma aura como só outras duas ou três em Portugal tiveram. Mas a Flur não se limita a ser uma loja de discos – é, acima de tudo, uma casa de discos, uma casa de música. Uma casa de sonhos e a melhor música da atualidade e do próximo momento (e dos respetivos alicerces construídos no passado). Além das missionárias paixões sonoras de quem por lá trabalha, há muitas virtudes para ir descobrindo em cada visita àquele corredor. Exemplo: a garantia de haver sempre alguma nova ideia musical que nem os nossos sonhos mais selvagens conseguem antecipar. Exemplo: a newsletter semanal, Mailing Lust, que é a mais sólida publicação musical portuguesa dos últimos anos. Exemplo: os preços, altamente competitivos e tantas vezes abaixo de falaciosos “preços mínimos garantidos”… E há mais, sempre mais. Para descobrir com regularidade, mesmo à saída da estação de metro de Santa Apolónia. Para quem vem de mais longe, os comboios também param mesmo à frente, e a viagem vale totalmente a pena. Parabéns, Flur. Obrigado, Flur. Muitos dez, Flur. Continue reading

Vodafone MexeFest

Por Eleanor Friedberger, pelas viciantes canções da sua recente estreia a solo (“Last summer”) e por ser provavelmente a mais criativa voz feminina do rock da última década (nos seus The Fiery Furnaces), já valeria a pena o bilhete. Eleanor toca hoje às 9.45 pm na Casa do Alentejo, palco onde às 11.15 pm chega a brasileira Banda Mais Bonita Da Cidade (que também estará em Braga, no Theatro Circo, no sábado, às 9.30 pm). Pouco antes, uns metros ao lado, na Sociedade de Geografia de Lisboa, às 9.15 pm, o outro momento muito recomendável da noite: Josh T. Pearson. Para espreitar por cinco ou dez minutos, se se proporcionar, se estiver no caminho, há ainda Handsome Furs, Fanfarlo, Junior Boys, Paus e Spank Rock. Do cartaz de amanhã, dia 3, a nossa maior aposta vai para Lindstrom, mas também depositamos doses razoáveis de confiança em Filho da Mãe, Toro Y Moi, Aquaparque e James Blake. Para preencher eventuais curtos intervalos, talvez valha a pena cruzar ouvidos e olhos com Foxes In Fiction, Beat Connection, EMA, Dead Combo, Oh Land, When Saints Go Machine, Blood Red Shoes e We Trust. Continue reading

Oneohtrix Point Never ao vivo em Lisboa, Guimarães e Madeira

Dois anos depois, outra passagem pela Z.D.B., que se prevê ainda mais sombria e exigente, de Oneohtrix Point Never. Imenso talento enciclopedista que converte a história da música eletrónica do último meio século num código formal rigoroso, intransigente e extraordinariamente relevante para a contemporaneidade artística. Amanhã estará na adequadamente mais gelada noite de Guimarães. No sábado, mergulha na Madeira. Continue reading

“Bad as me”, de Tom Waits

Ser o nome maior da música popular do século XX não lhe chega, pelo que reclama com absoluto vigor o mesmo título para o futuro que não cessa de construir. Tom Waits mantém-se moderníssimo, visionário, singular, central, fundamental. Álbum do ano, consensualmente. Continue reading

Op.? Doodles!

Doodles. Op.! Doo-wop. Doo-bop. Be bop. Hip hop. Pop. Pipocas. Grão. Peanuts. Comprimidos. Migalhas. Sementes. Mínimas. Nano. Micro. Micrologia. Mini. Miniaturas. Haikus. Curto. Pouco. Pequeno. Epítome. Conciso. Síntese. Resumo. Essência. Essencial. Ideias avulso. Ideias de bolso. Breviário. Das coisas breves. Semi-breves. Zoom. Detalhes. Pormenores. Concentrado. No centro. Por dentro. Em suma. Súmulas. Estímulos. Esquemas. Esboços. Esquissos. Doodles. Op.!