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“Nada está escrito”, de Manuel Alegre

Numa “Balada dos aflitos”, Manuel Alegre escreve que “este por certo não é tempo de poesia”. Não tem novas de pão e vinho para um povo assolado por uma crise económica, cultural e identitária, em que pouco mais pode ser do que poeta de um país de bandeira esfarrapada. Mas, neste reino, a quem tudo é recusado e onde tudo se avalia, diz Alegre, figura em que autor e sujeito poético voluntariamente se confundem, “talvez o poema traga um novo dia”. Em “Nada está escrito”, Manuel Alegre faz a apologia da arte poética, essa desconcertante musa que irrompe no silêncio da noite, e reflete sobre o poder do Continue reading