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“Os lusíadas”, de António Fonseca

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Quando, há cerca de dois anos, o ator e encenador António Fonseca declamou os cinco primeiros cantos d’ “Os lusíadas”, no Teatro Meridional, a hercúlea e insigne epopeia que anunciava era semelhante àqueloutra escrita por Camões: em 10 de junho de 2012, pelos 440 anos da edição do poema épico camoniano, recitar o texto integral da obra. Agora que chegamos a essa efeméride, António Fonseca, ator maior do teatro nacional contemporâneo, leva à Capital Europeia da Cultura um feito heroico e uma nova abordagem desta peça do renascimento clássico, livro matricial do nosso imaginário coletivo. São dez horas de declamação de excertos da epopeia, em que se procura, por um lado, superar as arqueologias e os tradicionais hermetismos estáticos associados à sua leitura, e, por outro, propor, em alternativa, uma atualização in loco de episódios como “O concílio dos deuses”, “O Velho do Restelo” ou “O Adamastor”, hoje na base de uma memória partilhada. Através de comentários e recorrentes interpelações ao público, António Fonseca faz deste recital – mais que mera revisitação – performance de desconstrução de um fantasma que insiste em pairar sobre a obra prima da literatura portuguesa. Numa era de incertezas e ambiguidades, neste sábado, dia 9, por ocasião das celebrações do Dia de Portugal e de Camões, o inefável dom dramático de António Fonseca sobe ao palco do Centro Cultural Vila Flor, Guimarães, acompanhado por uma centena de vimaranenses que consigo entoarão o décimo e último canto, para insuflar outra profundidade e vida a uma das partituras fundadoras da nossa identidade cultural.

9 junho [1ª parte: 10 am; 2ª parte: 3 pm; 3ª parte: 10 pm]
espetáculo “Os lusíadas”, de Luiz Vaz de Camões, com encenação e interpretação de António Fonseca
Centro Cultural Vila Flor, Guimarães

 

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