Passaram quatro anos desde que Leslie Feist deu ao mundo “The reminder”, que jamais deixaremos de associar a temas como “My moon, my man”, “I feel it all” ou “1, 2, 3, 4”. Passou demasiado tempo, mas, em 2011, Feist voltou, deitada numa árvore em forma de F, com “Metals”, um álbum muito diferente dos antecessores, mais metálico, como o nome, e mais negro, como a substância. Feist, também ela, parece ter mudado. “Anti-pioneer”, diz-se, provavelmente precisou de regressar a casa para recuperar o fôlego para compor como se fosse a primeira vez. É este disco que nos vem apresentar ao vivo no próximo domingo (18 de março, no Coliseu dos Recreios, Lisboa) e 2ª feira (19 de março, no Coliseu do Porto). Não faltarão, certamente, os saudosos “Mushaboom” ou “Secret heart”, mas a canadense da pop adulta traz sobretudo novos temas na bagagem: fala de incompatibilidades amorosas (veja-se “The bad in each other” ou “Comfort me”), apela a revoltas (em “A commotion”) e quase roga à morte que nos devolva aquilo que nos tem tirado (em “The graveyard”). Uma pop melancólica, doce ma non troppo, em alguns momentos quase catártica, a que não faltam porém a energia e a maturidade da guitarra e da voz de Feist, é aquilo que certamente nos espera nestas tão aguardadas duas noites de concerto.
18 + 19 março, 9 pm
concertos de Feist
Coliseu dos Recreios, Lisboa [dia 18]
Coliseu do Porto [dia 19]
