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“O profundo mar azul”, de Terence Davies

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Estranha ambivalência do dvd: redescobrimos o filme sublime que Terence Davies fez a partir de um texto teatral de Terence Rattingan e, subitamente, o deslumbramento da experiência leva-nos a compreender que a opção “stop” tem qualquer coisa de agressivo em relação ao filme. Não que eu queira atrair qualquer moralismo contra as muitas delícias do “cinema-em-casa”… Antes porque há filmes que nos impõem uma medida inexorável do tempo, conciliando transparência e mistério. “O profundo mar azul” é um desses filmes, mostrando que o cinema pode continuar a ser uma paisagem única em que história e romantismo, palavra e música, concreto e abstrato coexistem numa lógica de infinitas cumplicidades e contaminações. Mais ainda: daí nasce uma nova continuidade que não se deve interromper e, por isso, não se submete à promiscuidade fragmentária do You Tube. Também por isso, não poderia haver título mais belo: “O profundo mar azul”. Trata-se de mergulhar na imensidão do cinema, reaprendendo a respirar.

João Lopes

dvd “O profundo mar azul” [“The deep blue sea”], de Terence Davies, com Rachel Weisz, Tom Hiddleston,…
Zon, 2011 / 2013

 

texto no Doodles

texto no Sound + Vision [ 1 ]

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