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Katinka Bock e Michael E. Smith na Culturgest, Lisboa

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De 25 de fevereiro a 13 de maio, as Galerias 1 e 2 da Culturgest, Lisboa, recebem mostras de dois artistas plásticos contemporâneos que se aproximam conceptualmente pelo recolhimento introspetivo que convocam e pelo modo como perturbam o espaço em que os seus materiais, ora manipulados, ora violados, se expõem. Michael E. Smith desfigura objetos do quotidiano, achados urbanos, e explora de forma extremada o caráter irreparável da ruína e do abandono dos corpos. Cresceu e viveu em Detroit, uma cidade degradada, assolada pela pobreza e pela falência dos grandes grupos da indústria, o que se reflete nas suas peças e esculturas, de tonalidades monocromáticas, violentamente saturadas, massacradas pela catástrofe e agora perdidas no imenso espaço da galeria. Numa linha programática não muito distante, e cujas afinidades o curador Miguel Wandschneider averigua ao propor uma exposição paralela, a alemã Katinka Bock procura, em “Personne”, combinar espaço, matéria e pensamento de modo condensado e subtil. Trabalha com cerâmica, madeira, aço, chumbo, feltro, alumínio, sabão ou areia, e conjuga-os com ímpar sensibilidade, provocando a evocação de uma ideia primordial e subsequente convocação do próprio espetador. Com peças recentes e alguns inéditos, esta exposição constitui uma oportunidade de conhecer uma autora que se tem evidenciado, sobretudo nos últimos quatro anos, na escultura contemporânea (com importantes mostras individuais em França, na Holanda e na Alemanha).

25 fevereiro > 13 maio
exposição Katinka Bock, “Personne”
exposição Michael E. Smith
Culturgest, Lisboa

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