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Beatriz Milhazes e Rosângela Rennó na Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa

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Nesta precoce primavera, o Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian recebe exposições de dois dos nomes mais relevantes do cenário das artes plásticas brasileiras das últimas décadas. “Quatro estações” e “Strange fruits” é a proposta combinada de Beatriz Milhazes e Rosângela Rennó, naturais do Rio de Janeiro e de Belo Horizonte, respetivamente. Artista que se diz apologista de uma “liberdade ordenada”, Milhazes apresenta uma série de quatro volumosos quadros, “representando” as quatro estações do ano. “Love” é a palavra comum aos títulos das obras, cujas dimensões são proporcionais à duração de cada estação no Brasil. “Love summer”, o maior e mais colorido, de tons fortes e viciantes, é dourado pelo Sol; o inverno, tema da mais pequena das telas, gira em torno dos melancólicos lilases, azuis e castanhos. A exposição conta igualmente com um conjunto de colagens da autora da capa do disco “Universo ao meu redor” – a obra prima de 2006 de Marisa Monte -, onde joga com texturas, materiais e referências pop, e com uma peça em vinil, “Gamboa seasons”, concebida especialmente para a nave do Centro Azeredo Perdigão. Por seu lado, a mostra de Rosângela Rennó é uma súmula do trabalho de duas décadas. Colecionadora de imagens, a artista faz em “Frutos estranhos” uma montagem de histórias a partir de fotografias de anónimos, álbuns de família, registos de arquivos de prisões e agências noticiosas, videos turísticos, entre outros. Uma reflexão sobre o valor estético e histórico da imagem enquanto documento, para ver até ao dia 6 de maio.

17 fevereiro > 6 maio
exposição Beatriz Milhazes, “Quatro estações”
exposição Rosângela Rennó, “Strange fruits”
Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa

 

facebook de Beatriz Milhazes

site de Rosângela Rennó

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